sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Se nos meus longos cabelos
os teus dedos esvoaçassem
num simétrico espaço de tempo
girando em nosso eixo
numa galáxia
seremos estrelas ou planetas
voando de encontro ao sol
que nos eternece de luz.

A íris dos olhos felinos do meu animal
incandesce o verde
em raios de mar
onde as ondas apertam a pele
e sugam a alma, os pedaços de melanina.
Ao entardecer, mantenho os meus filhos em casa
longe
escuridão grávida de luz.

Catarina Miranda

2 comentários:

  1. Ja alguma vez te sentiste em casa num lugar onde nunca estiveste antes?

    este texto faz-me sentir assim.

    Beijito

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  2. Não há luz sem escuridão...
    Dá-lhe outro sabor, outra cor, outra magia!
    Sem escuridão e luz não há poesia.
    E o que seria de nós sem ela?

    Sempre de cabelos ao vento! :P
    ***

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