quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Como podes convencer-me, Francis, que tudo o que mais desejas é o meu ser?
Com esse olhar cego? Não há calma na tua voz, querido. Como te amei antigamente, com foi teu o sonho de quem sorria. Como era tão minha esta epifania. Tão minha, Francis. Não há françês no teu rosto, as tuas palavras não têm o sotaque de l'amour.
Não vês.
Não vês...
Oh querido Francis!
Eras acordes em harmonias celestiais. Não conheces a tua melodia...se ao menos me tivesses pedido para cantá-la. Oh harmonias, Harmonias, deixando-me cega, como eu não via essa tua agitação agoniada, que me atormentava sem eu dar por isso.
Oh Francis, na minha pintura organicista os espinhos ardem!
E como arderam!
Francis como me desejas? Como me podes convencer agora? O amor para mim não é mais cego para ti.
Catarina Miranda
(Jul 30 2008)

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