Existe um sonho debaixo do teu coxim
Te embala num polverizante aroma de anjo
Te fala das pureza das coisas
Apaga-te toda a memória do Mundo Azul
Te lembra de que é possível só e simplesmente existir
pisar o solo e sentir
cantar todo o teu corpo num grito
Diz te que chorar é libertar
e tuas lágrimas são fagulhas da tua alma
que as expulsa exasperadamente
como se o negro se repelisse da luz imensa que somos
Não ligues nenhum televisor
não deixes que te sugue a liberdade
tu és mais do que ele te mostra
porque um espelho embacio das mesmas aguas turvas
nunca te leverá num caminho
O sonho conta-te que podes olhar para cima
e que deves sentir que ninguem te controla
Pois não podes comprar as nuvens
Não ha dinheiro para pagar ao sol
ele deixa-te habitar-te
podias então viver em ti.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Ais
Se as bagadas de ar fresco não soassem a mel
infinito doce dos teus lábios glaciais
por mais que finja ser maior do que pétalas de lis
que o teu corpo, pirâmide impermeável, não recebe nunca mais
Se ais não chegam para te desencantar do abismo
amarei sempre cada teu vinco emotivo
de fonte até à morte
de corpo até alma.
Diz-me em murcho o que te vai no coração
Se é pedra ou calo que te prende uma abolição
porque há salteadores de marés
que me levaram a respiração
Senti que se te levo no vento
te trago em elemento
Catarina Miranda
infinito doce dos teus lábios glaciais
por mais que finja ser maior do que pétalas de lis
que o teu corpo, pirâmide impermeável, não recebe nunca mais
Se ais não chegam para te desencantar do abismo
amarei sempre cada teu vinco emotivo
de fonte até à morte
de corpo até alma.
Diz-me em murcho o que te vai no coração
Se é pedra ou calo que te prende uma abolição
porque há salteadores de marés
que me levaram a respiração
Senti que se te levo no vento
te trago em elemento
Catarina Miranda
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