quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Summer Rain, Rain

Batem, como sem intenção, as gotas à minha janela.
Quentes, a fervilhar, como a estação onde aconteci nascer.
E as flores: ...moles...tão cansadas de tudo
do mundo, de mim, de ti...
jazem na terra que num dia lhes pertenceu.
O vento uiva como nunca deveria.
Não hoje,
não agora,
não é suposto.
Agora compreendo que nada será mais suposto a acontecer.
A imprevisibilidade é, de facto, a realidade incrivelmente presente aos olhos do mais pequeno ser germinante.
O Sol continua a viver, mesmo po detrás de todas estas nuvens carregadas do nosso ego, da nossa fruta. Podre.
No entanto mantém-se a designação de Verão à Natureza em questão. A chuva, o vento, o sufoco, a morte.
Catarina Miranda
(Jul 12 2008)

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