sexta-feira, 6 de março de 2009



Há dias em que o meu corpo veste-se de anil
a minha cabeça deita-se acompanhando a curvatura do tronco
numa dança serpenteada cedendo.
Vejo o meu olhar no reflexo do vidro entre mim e a paisagem
e a cortina esvoaça sem haver vento
maneia-se com o teu expirar
vulto branco contrastantes laranjas ao som azul
que na minha face, esbate em escarlate.
Há vida aqui e lá fora, amor.
Ah...
Dos teus dedos à tua pele
sinto faíscas aspirando o mar,
que me respiram. E eu,
que da razão faço coração, diluo-me em ti.

3 comentários:

  1. que beleza e delicadeza

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  2. Digo-me deliciada com tamanha beleza. Quanta harmonia, quanta força no modo da escrita...
    Espero ler muito mais.

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