domingo, 8 de fevereiro de 2009

Existindo vivendo

Lembro-me das vagas de frio, das cinzentas acastanhadas no teu rosto, aquele aperto no teu peito, aquele desaperto que em leito
pendeu
resvalou pela neve
volveu-se na noite fleumática.
A pneumonia restabeleceu os mortais, mortalmente vivendo.
Eles existem, mas não vivem.
Eles existem, mas oh...eles não vivem.
E se não ha vida aqui, entre letais
farei alentos noutros ventos
a sudoeste
por ilhas que respiram.
Trilharás comigo? Velejarás sonantemente existindo mas vivendo?
Pois a dissonância ficou em terra
ao norte da metrópole, árctico.
Já agouro pensar, já sondo sentir, prevejo viver.

Catarina Miranda

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